terça-feira, 28 de setembro de 2010

Um dia de magia na Luiz Schroeder:


Eduarda está na primeira fila e não para de aplaudir, enquanto sorri. O sorriso é de satisfação. Para ela, os 40 minutos daquela manhã foram um presente antecipado pelo Dia da Criança. Eduarda Thomas Job, de dez anos, pôde presenciar o que até então só teria visto pela televisão: um mágico de verdade. Desde o primeiro movimento do rapaz de casaco preto no palco, Eduarda o fitava com olhos de gente grande. Como se grande fosse, nos primeiros instantes ela o observava como uma garota admiraria um príncipe encantado. Mas para Eduarda não era um príncipe. Era um mágico, que sabia prender a atenção dela e dos coleguinhas, e em tudo o que via achava graça. Até mesmo num simples jogo de palavras. “Pra quem não me conhece”, começa o mágico, “meu nome é Roberto. Pra quem me conhece, meu nome também é Roberto. E pra quem quer me conhecer, meu nome é Roberto também”.

Eduarda, que se esticava entre os colegas maiores para não perder um só movimento, encanta-se com o moço e esboça o primeiro sorriso. Mas logo depois veio o espanto. Bolinhas se multiplicavam e sumiam nas mãos do rapaz. Como pode isso?, perguntava-se ela. Em seguida, alguns são convidados para subir ao palco. Quase todos queriam participar, mas o mágico aponta para Guilherme. Guilherme Schmidt, de 11 anos, amarra o moço com todas as forças. Faz vários nós em suas mãos. Mas o novo herói de Eduarda logo se liberta, com a facilidade de um... mágico. Caramba, muito estranho isso, impressiona-se Guilherme. Um garoto chamado Silvestro também é chamado, o Mateus, a Júlia e outros coleguinhas de Eduarda. E todos viram a tesoura invisível que cortava papel, papel higiênico transformando-se emdinheiro, e um baralho de cartas que só obedecia às ordens do dono da magia.



Atividades culturais – A apresentação do mágico santa-cruzense Roberto Weiss Kist, de 19 anos, aconteceu na Escola Municipal Luiz Schroeder, para encerrar a Semana Cultural da instituição. Entre as atividades, coordenadas pela professora Ana Patrícia Fontoura, Roseli Schmechel e demais educadores, houve também dança, poesia, arrecadação de alimentos para um asilo, futebol de bombacha e vôlei de prendas. “Mas o que eu mais amei foi o show do mágico”, ressalta a pequena Eduarda Job. “E vou treinar em casa aquele truque de fazer aparecer e desaparecer as bolinhas, sem ninguém perceber”, garante ela. “E eu vou tentar descobrir como ele se desamarrou daquelas cordas”, afirma Guilherme.

Quem também ficou impressionada com o que viu foi a professora Leonice de Oliveira, a Leo. Ela, que dividia seu tempo entre assistir às artimanhas do mágico e a preparação do carreteiro de linguiça que seria consumido após o espetáculo, só ficou preocupada com uma coisa: imagina se aquele rapaz fizesse sumir o cardápio daquele dia!? Claro que Roberto não faria isso. Até por que... “Pra mim não tem maior satisfação do que ver a alegria e o brilho nos olhos das crianças”, diz ele. Portanto, a refeição daquele dia não estaria ameaçada. Para alívio da Leo e de todas as criancinhas.

domingo, 19 de setembro de 2010

Projeto Ecco beneficia mais duas escolas:


A experiência positiva do desenvolvimento do Projeto Ecco (Educação, Cidadania e Comunicação) na Escola Municipal de Educação Fundamental Menino Deus levou à expansão das atividades e agora beneficia mais duas escolas públicas. Nesta semana houve implantação do programa no Colégio Estadual Monte Alverne e na Escola Municipal de Ensino Fundamental Luiz Schroeder. O projeto tem foco na comunicação e, por isso, busca desenvolver a leitura crítica da produção midiática e discutir sobre cidadania com os jovens estudantes.


O projeto é realizado pela Fundação Gazeta Jornalista Francisco José Frantz e conta com o trabalho voluntário dos jornalistas Mirela Hoeltz, Hélio Afonso Etges e Elemir Polese, além da equipe da Fundação Gazeta. O projeto possui ainda o apoio de parceiros, como a Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), a Secretaria Municipal de Educação (Smec) e a empresa Mercur. Para o desenvolvimento das atividades, as salas são equipadas com computadores Apple iMac e outros equipamentos que permitem o acesso democrático aos meios de comunicação. Os adolescentes têm atividades uma vez por semana.

O lançamento do Ecco no Colégio Monte Alverne ocorreu quarta-feira, quando foram instalados os computadores e os jovens tiveram o primeiro encontro com os jornalistas e os representantes da Fundação Gazeta. Inicialmente foi fixado o período de duração das atividades de 15 de setembro até 24 de novembro, todas as quartas-feiras pela manhã para alunos do ensino médio. No lançamento foram definidas as ações a serem realizadas e houve confraternização com alunos e educadores.

No Colégio Monte Alverne, o professor Nelson Jandrey vai acompanhar o desenvolvimento do projeto. “Tudo o que vier ao encontro dos interesses do aluno terá nossa acolhida.” A diretora Silvia Wermuth também demonstrou satisfação. “Essa parceria com a fundação se soma a outras que já desenvolvemos e é uma iniciativa bem pertinente à necessidade dos alunos”, salientou.

Entre os alunos de Monte Alverne que participam do projeto estão Brendow Gollmann, de 16 anos, e Lidiane Henn, de 18. No primeiro encontro, eles já se familiarizaram com os equipamentos e conheceram os jornalistas. “Sempre gostei da área da comunicação e quero aproveitar essa oportunidade para aprender ainda mais”, disse Lidiane.

Computadores vão ajudar na inclusão dos estudantes:


Na Escola Municipal Luiz Schroeder, o Projeto Ecco foi apresentado nesta sexta-feira. A instalação dos computadores Apple iMac foi acompanhada por estudantes e professores. A professora de informática da escola vai receber capacitação sobre o uso do sistema operacional e, gradativamente, os estudantes que tiverem interesse serão inseridos no projeto. Para 2011, o plano é trabalhar com os jornalistas voluntários.

Segundo a diretora Roseli Schmechel, os novos computadores vão complementar o laboratório existente e permitir que os alunos se insiram no mundo informatizado. “Tudo o que os alunos aprendem, levam para a vida”, salientou. “Temos também a expectativa de fazer nosso jornal da escola aqui”, comentou.

E os estudantes da Luiz Schroeder estão na torcida para poderem usar os novos equipamentos de informática. Yuri Roberto Hirsch, 12 anos, estudante da 7ª série, disse que espera ter disponibilidade de tempo para participar do projeto. “Vai ser bem legal, principalmente para aqueles que querem seguir no ramo da comunicação”, disse. Sabrina Shaiane da Silva, 11 anos, aluna da 5ª série, também tem curiosidade sobre o projeto. “Acho interessante esse tipo de coisa na escola porque a gente se desenvolve mais.”